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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

TIO KIELING, UM JOVEM DEMOLAY E UM GRANDE EXEMPLO

Primeiro Grande Mestre Estadual do Grande Conselho Estadual do Mato Grosso do Sul, Luiz Adolar Camargo Kieling – ou apenas tio Kieling, para a maioria dos membros da Ordem DeMolay – conquistou o respeito e a admiração dos sul-mato-grossenses e, concomitantemente, dos brasileiros e do mundo. Em junho, tornou-se Membro Honorário do DeMolay Internacional, um dos cinco integrantes do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil (SCODRFB) a figurar nesse seleto rol. Com vasta experiência de vida, depois de ver o próprio Neto iniciar na Ordem e acompanhar de perto a evolução do Supremo Conselho, ele dá algumas dicas para perseverar e buscar os próprios objetivos. “O que faço é por amor, devoção, reconhecimento e de poder contribuir para com o progresso do nosso País onde a nossa instituição desempenha ações que podem fazer a diferença do seu futuro”, garante Kieling. Conheça um pouco mais desse extraordinário membro da Ordem DeMolay e da Maçonaria brasileira.

Recentemente o senhor teve um neto iniciando na Ordem. Como surgiu o seu carinho pela organização? O senhor pode descrever a sensação de ter assistido a iniciação de um membro da família?

Quando ingressei na Maçonaria, ao iniciado era determinado participar das reuniões do Capítulo patrocinado pela Loja, no meu caso, o Capítulo João Affonso de Barros Mello nº 32 da Ordem DeMolay. Na primeira participação, experimentei a sensação de que poderia contribuir para o crescimento do meu País trabalhando, aprendendo com os DeMolays e compartilhando com eles as minhas experiências de vida. Quanto à sensação de assistir a Cerimônia de Iniciação do meu neto na Ordem DeMolay e, no meu Capítulo, é algo, simplesmente, indescritível porque tenho e convicção de que os princípios basilares que norteiam a Ordem DeMolay farão dele um melhor homem, um melhor pai e certamente um grande brasileiro.

O senhor conquistou o respeito e a admiração de centenas de membros da Ordem DeMolay, principalmente por sua dedicação e abnegação. Onde encontra disposição para continuar trabalhando pela Ordem, depois de ter vivido tantas experiências ao longo da vida?
Quanto ao comentário que antecede sua pergunta o mérito é de sua avaliação, pois creio que eu precisaria trabalhar muito mais para merecê-la. Quanto onde encontrar disposição para continuar trabalhando pela Ordem, é nela que encontro o estímulo de me sentir útil a sociedade e, em especial, de poder continuar aprendendo ao conviver e partilhar do talento de milhares de jovens que comungam dos mesmos ideais aprimorando-os por meio do debate e amadurecimento dos seus fundamentos.

De 2004 até hoje, poucas lideranças adultas continuaram participando e contribuindo com o Supremo Conselho como o senhor tem feito. A Ordem DeMolay pode retribuir de alguma forma todo o seu apoio?
O que faço é por amor, devoção, reconhecimento e de poder contribuir para com o progresso do nosso País onde a nossa instituição desempenha ações que podem fazer a diferença do seu futuro. A retribuição eu já a recebo por ter a oportunidade de, participando dos debates e dos trabalhos, não ficar subjugado ao conformismo do passado e não temer os desafios do futuro.

Durante o último Congresso Internacional o senhor foi confirmado como um dos cinco membros brasileiros do DeMolay International. O único a não ter sido Grande Mestre Nacional. Como o senhor encara esse reconhecimento?
Não me cabe comentar tal fato e sim, tão somente, respeitar a vontade e decisão dos membros da Ordem DeMolay porque são os DeMolay que fazem a Ordem e a ela devo humildemente servir sem que com isto seja subserviente. Olha aí o Espírito DeMolay (risos).

Recentemente o senhor foi ao Uruguai, como membro do DeMolay International numa missão fora do país. Nesses momentos, é possível confirmar a efetividade da descrição da Ordem DeMolay como uma organização sem fronteiras?
Sim, fraternalmente não tem fronteiras, porém é uma organização internacional e assim sendo devem ser obedecidos os limites geográficos de atuação, enquanto instituição, determinados pelos seus criadores, os Estados Unidos da América (EUA), bem como respeitar seus princípios Constitucionais acordados  no cumprimento das determinações deles emanadas.

Ao longo desses anos, seja em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul ou em diversos lugares do Brasil, o senhor com certeza teve inúmeras experiências marcantes. É possível destacar alguma ou algumas delas?
A primeira foi a minha formação educacional, uma vez que minha origem foi de família muito pobre (colonos). Nasci na roça, é a forma com que se definia na época, em 1947. Fui aluno de escola pública, na época denominada Grupo Escolar, era Escola Municipal e de excelente qualidade. Em 1964 me formei Técnico em Contabilidade. Após, ingressei na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) no curso de Administração de Empresas. A segunda foi constituição da minha família, casamento, filhos. A terceira enfrentar o desafio de sair do Rio Grande do Sul e me estabelecer em Campo Grande (MS), com  a determinação de criar a empresa Dicorel, empresa esta controladora de  outras em função da diversificação de atividades econômicas. A quarta foi ingressar na Maçonaria e ter a felicidade de me encontrar com a Ordem DeMolay, porém vale destacar que o fato marcante foi em 2004 quando a Ordem enfrentava sua grave crise. A quinta e, contemporaneamente, mais importante, em se tratando de Ordem DeMolay, foi em 2004 quanto eu tive a oportunidade de conhecer Ederson Pereira Velasquez, o Karatê, no auge da crise que afligia a Ordem DeMolay Brasileira à quem convidei para ser Grande Mestre Adjunto do Grande Conselho Estadual do Mato Grosso do Sul (GCEMS. Dialogamos, sem imposições de tomadas de decisões, todavia com propósitos definidos, de nossa parte até por questões Maçônicas à época. No dia da realização do Congresso Estadual que definiria os rumos da Ordem DeMolay sul-mato-grossense, o Karatê minutos antes da abertura da Assembléia chegou e disse: “Tio, estou contigo”. Eu respondi: “Isto é muito bom e está resolvido”, porque eu não tinha candidato a Adjunto - eu o tinha convidado anteriormente para compor a administração do GCEMS) e portanto a chapa estava completa. Portanto, a minha melhor experiência na Ordem DeMolay foi a composição com o Karatê, e creio que foi a melhor para o Brasil e para a Ordem, os fatos atuais atestam.

O senhor é o que podemos chamar de um empresário de sucesso e, para chegar até essa posição, passou por muita coisa. Existe alguma dica para quem está começando a vida agora, como as centenas de DeMolays que vão ler essa entrevista?
Estudem, estudem muito e permanentemente, e quando estabelecerem um objetivo não desista dele jamais, porém fiquem atentos as oportunidades que se lhes apresentarem. Elas não devem ser desprezadas, porque, certamente, outro mais atento as acolherão. A meta que traçamos, em princípio, é uma trilha, não um trilho, portanto se atentos estivermos ao que ocorre no cenário que nos cerca, possivelmente poderemos reavaliar e corrigirmos nosso objetivo em busca do sucesso.

Se pedíssemos para que o senhor descrevesse a Ordem DeMolay, como o senhor faria?
Afirma-se que a Ordem DeMolay é uma instituição juvenil, todavia uma vez DeMolay sempre DeMolay, e neste aspecto ela não se circunscreve apenas como tal, até porque a nossa constituição estabelece condicionantes para a sua administração que extrapolam o termo juvenil. É difícil descrevê-la porque é uma instituição fantástica e, quando absorvido o espírito DeMolay, nos deparamos com uma imensa população fraternal, unida pelas Sete Virtudes Cardeais que a norteiam em especial o companheirismo.

Após a formação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil (SCODRFB), a instituição vive um crescente sem precedentes. O que poderia ser feito para melhorar ainda mais a Ordem?
Hoje temos uma organização com um nível organizacional respeitável, internacionalmente, graças ao trabalho planejado e continuado por um grupo de líderes determinados e afinados a um objetivo comum, esta é a razão do crescimento expressivo que testemunhamos do SCODRFB. No meu modesto entendimento os fundamentos organizacionais estão prontos, restam, tão somente, os membros da Ordem DeMolay (Capítulos e Grandes Conselhos Estaduais) cumprirem com as suas obrigações e, entre elas, destacando o resgate de seus compromissos pecuniários junto ao SCODRFB. Porque somente desta forma poderemos manter a representatividade nacional e conquistar a hegemonia sul-americana, além de estabelecer novos objetivos, os quais caberão aos dirigentes sucessores do nosso atual Grande Mestre, nosso dileto irmão Ederson Pereira Velasquez.

O DeMolay Brasil quer uma outra dica, agora para as lideranças adultas que não iniciaram na Ordem DeMolay quando jovens. O que o senhor diria para elas?
Que, em primeiro lugar procurem estudar a sua constituição, regulamentos e rituais para que não cometam equívocos e, acima de tudo, não usurpem da sua condição de maçom para imporem a sua vontade em detrimento da criatividade, da liberdade e da inteligência dos jovens que fazem e são a “Ordem DeMolay”. Que, em segundo lugar e demais instâncias, compreendam que a nossa juventude é o futuro de nossa pátria e é ela quem á conduzirá segundo os exemplos que se lhes forem confiados.

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